sábado, 9 de abril de 2011

Terremoto no Japão causa acidente nuclear


O abalo sísmico da ordem de 9,7, que teve como o epicentro o litoral da costa japonesa, além da tragédia em si que deixou milhares de vitimas pode vir a ser um divisor de aguas na politica energética mundial. Desde o acidente em chernobyl na antiga união soviética esta forma de geração não foi tão contestada, como está sendo nos últimos meses. A Alemanha desativou seu parque gerador nuclear e em diversas partes do mundo houveram protestos contra a utilização deste recurso.
Aqui no Brasil o plano decenal de energia prevê a construção de mais quatro usinas nucleares além daquelas duas (ANGRA 1 E ANGRA 2) que já se encontram em operação. A usina de ANGRA 3 já está em construção e tem data para entrada em operação, o ano de 2015. Duas usinas estão previstas para região nordeste e mais duas para região sudeste. A base da geração de energia elétrica Brasileira é predominantemente hidráulica, sendo a fonte térmica a complementação do parque gerador. Entretanto, desde o apagão de 2001 o governo vêm buscando alternativas para diversificação da matriz.
O mundo inteiro está em busca do domínio das novas tecnologias das energias alternativas, e o Brasil até tentou acompanhar esta tendência através do PROINFA (Program de incentivo as fontes alternativas ). Estes incentivos provindos do programa são insuficientes para concorrência com as fontes tradicionais, inclusive a nuclear.
O acidente ocorrido na usina de Fukushima no Japão mostrou que o processo em si não é totalmente seguro e o risco de contaminação radioativa existe, mesmo em uma usina localizada em uma potência mundial desenvolvida. O problema se deu com a falta de alimentação elétrica para as bombas hidráulicas que resfriavam os reatores. A queda da linha de transmissão com o abalo terrestre provocou o sobre aquecimento dos reatores e a vazão de materiais radioativos.
O que antes se pensava ser um problema era só os resíduos nucleares agora abrangeu-se para o processo de geração em si. Tendo isto em vista, será que o Brasil vai estar disposto a correr estes riscos na implantação de usinas nucleares ou terá o bom senso de aplicar estes investimentos em fontes renováveis não emissoras que utilizam os próprios recursos naturais para geração de energia? Esta questão só o tempo responderá pois por enquanto mesmo com a posição de alguns ministros se pronunciando de que nada irá mudar, a opinião publica se voltou contra a energia nuclear e com razão!

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