segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

MODELO DE CARRO ELETRICO - BMW MINI E























Modelo de carro da BMW que possui a versão não emissora. O motor é impulsionado não mais pela combustão interna de combustíveis fósseis e sim por modúlos de baterias de íons de litio que são recarregadas com energia eletrica oriundas de fontes renováveis:



O custo ainda é muito alto porém veiculos como este que não poluem a atmosfera e não contribuem com o efeito estufa podem receber pesados incentivos fiscais principalmente após a conferência em Conpenhague na Dinamarca.

Desenvolvimento sustentável

Até hoje, a humanidade vem explorando os recursos naturais como se eles fossem ilimitados. Várias espécies animais foram caçadas até a extinção. Ecossistemas inteiros praticamente desapareceram, como as florestas europeias, por exemplo. O uso maciço do petróleo para gerar energia e as atividades como a agropecuária reduziram bastante as reservas minerais e vegetais. E vêm gerando emissões de carbono que superaram a capacidade do planeta de absorvê-las, causando o temido aquecimento global.
O desenvolvimento sustentável é o oposto disso. É adotar métodos, processos e tecnologias, além da mudança de hábitos das populações, que possam sustentar o progresso por longos períodos, ao mesmo tempo em que permitem a renovação dos recursos naturais.
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.

O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?

Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.
Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente. Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende.
Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico.
O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.

Os modelos de desenvolvimento dos países industrializados devem ser seguidos?

O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países industrializados. Mesmo porque não seria possível.
Caso as sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das sociedades do Norte, a quantidade de combustíveis fósseis consumida atualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais, 200 vezes.
Ao invés de aumentar os níveis de consumo dos países em desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados.
Os crescimentos econômico e populacional das últimas décadas têm sido marcados por disparidades.
Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial.

Reportagem informativa do caderno sustentabilidade do Atarde com direito a comentário de Soliano

No Brasil, o consumo energético de fonte renovável chega a 45%, enquanto no restante do mundo não passa de 14%, conforme dados do Ministério das Minas e Energia. Esse número se deve em grande parte às usinas hidrelétricas do País. No intuito de promover a diversificação da Matriz Energética Brasileira, buscando alternativas para aumentar a segurança no abastecimento de energia elétrica, desde 2004, o governo brasileiro criou o Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), capitaneado pelo Ministério das Minas e Energia. O objetivo é aumentar a participação da energia elétrica produzida por empreendimentos concebidos com base em fontes eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) no Sistema Elétrico Interligado Nacional (SIN), além de permitir a valorização das características e potencialidades regionais e locais.
A meta do programa é a implantação de 144 usinas, totalizando 3.299,40 MW de capacidade instalada, sendo 1.191,24 MW provenientes de 63 Pequenas Hidrelétricas (PCHs), 1.422,92 MW de 54 usinas eólicas e 685,24 MW de 27 usinas à base de biomassa. Toda essa energia tem garantia de contratação por 20 anos pela Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras S.A.).
A Petrobras, maior empresa brasileira no campo energético e uma das maiores do mundo no setor petrolífero, já concentra também esforços na direção das energias alternativas. Em 2008, a Petrobras iniciou a implementação de uma carteira com 53 projetos de eficiência energética. Dezesseis deles já entraram em operação, resultando em uma economia de energia equivalente a 712 barris de óleo equivalente por dia, e emissões evitadas em 103 mil toneladas de CO2 por ano. Sua estratégia é desenvolver projetos de fontes renováveis e de outros combustíveis, além do gás natural. De acordo com Mozart Schmitt de Queiroz, gerente executivo de Desenvolvimento Energético, da Diretoria de Gás e Energia da Petrobras, os investimentos em novos projetos no segmento de energia elétrica somam U$ 1,4 bilhão para o período 2009-2013.
Desafios - Para Osvaldo Soliano, o principal obstáculo para ampliação do uso das fontes renováveis é o custo ainda elevado da energia gerada, que exige uma tarifa prêmio nos primeiros anos até se criar escala e ficar competitiva. Ele afirma que: nas grandes hidrelétricas o custo de geração está abaixo de R$ 100/MWh; nas usinas térmicas fica numa faixa de R$ 150/MWh, mas só para instalação sem operação, ou seja sem considerar os custos de combustível, quando elas entram em operação, o que pode deixar os valores acima de R$ 200/MWh; a eólica está na faixa de R$ 180-200/MWh; as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) estão na faixa de R$ 150-160/MWh; e as de bagaço de cana (biomassa) ficam abaixo de R$ 100/MWh.
“Com a grande hidrelétrica no Brasil é difícil competir, mas com as térmicas, com um aumento de escala, já é possível competir, sobretudo levando em consideração externalidades ambientais: positivas da eólica e negativa das térmicas. A solar ainda levará um tempo para chegar ao limite da competitividade, mas as PCH’s já competem nos leilões, assim como a biomassa a bagaço. As outras biomassas também ainda precisam de uma tarifa prêmio. Uma de grande interesse é a geração com o gás de aterro”, sinaliza o especialista.
Joiris Manoela Dachery, pesquisadora integrante da equipe do Portal Brasileiro de Energias Renováveis, concorda que as fontes poluentes ainda são mais viáveis economicamente, mas é otimista com relação ao futuro: “Os investimentos crescem a cada ano, mas ainda falta autonomia das pessoas para aderir à uma fonte energética não poluente. Hoje há várias pesquisas na área bioenergética, o que gera adequações e pode diminuir seu custo”.
Para a pesquisadora, o governo deve investir em pesquisas na área, incentivar o desuso das fontes convencionais, pois é cada vez mais evidente a necessidade de aderirmos às fontes de energias renováveis. “O financiamento para implantação de pequenas unidades geradoras de energia, seja hidrelétrica, eólica, solar ou de biomassa é fundamental, pois falta o estímulo financeiro inicial para os interessados. Mas o investimento em pesquisa dessas fontes ainda é o melhor caminho para chegarmos à aderência total das fontes bioenergéticas”, conclui
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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Alstom confirma construção de fábrica de aerogeradores na Bahia

A Alstom confirma nesta sexta-feira, 18 de dezembro, a construção de uma fábrica de aerogeradores no país. A empresa assina um protocolo de intenções com o governo da Bahia para a implementação do empreendimento. A Alstom receberá incentivos do estado como isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, além de infraestrutura, como acesso ao porto de Aratu, energia elétrica e água. O local da fábrica não foi escolhido ainda, mas ficará ou na proximidade do porto ou do complexo industrial de Camaçari, segundo apurou a Agência CanalEnergia.

O anúncio acontece na mesma semana em que o leilão de eólicas fechou contratação de 753 MWmed de 71 empreendimentos, a um preço médio de R$ 148,39 por MWh. O plano da empresa havia sido comentado durante o II Fórum ABEEólica/CanalEnergia - Competitividade e Formação de Preços para o Leilão de Energia, ocorrido em outubro. Com isso, a Alstom concretiza a intenção de nacionalizar a produção. Isso é considerado importante pelos agentes, já que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social não financia produtos importados. O nível mínimo de componentes nacionais é de 60% para o enquadramento no Finame, linha de financiamento para aquisição e produção de equipamentos.

Os investimentos previstos estão na casa dos R$ 50 milhões e a geração de empregos deve chegar a 150 postos diretos e 750, indiretos. A Alstom pretende produzir aerogeradores com capacidade entre 1,67 MW e 3 MW. As negociações entre o governo do estado e a empresa foram iniciadas em março com a apresentação do projeto ao governador Jaques Wagner. Participam da cerimônia, a ser realizada no Convento do Carmo, além do governador, o presidente da Alstom, Phillipe Delleur; e o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia.

Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas 18/12/2009